Guaimbê terá maior usina regional


Até maio do ano que vem entra em operação o Complexo Solar de Guaimbê (125 quilômetros de Bauru), próximo a Lins, de geração de energia fotovoltaica. O empreendimento é da AES Tietê que já opera no Estado 12 hidrelétricas e está expandido em 6% a sua capacidade instalada em São Paulo. A construção dessa usina teve início com a instalação da infraestrutura na área que vai receber 550 mil painéis solares fixos. Será a maior da região central e uma das maiores do Estado. A luz solar incide sobre os painéis que geram corrente contínua, que segue para invertores de frequência. Eles transformam a energia corrente contínua em alternada. Em seguida, a energia segue para um transformador, que eleva a tensão dos invertores para a tensão padrão da rede de energia até ser distribuída no sistema elétrico interligado. O diretor de engenharia, construção e serviços da AES Tietê, Rodrigo D’ Elia, ressalta que a vantagem da energia solar em comparação a gerada pelas hidrelétricas é que a solar não depende da quantidade de chuvas, embora em períodos nublados a produção cai. “Mesmo assim essa variação não é tão grande”, cita. A usina solar tem o melhor desempenho durante cerca de seis horas do dia, principalmente por volta de meio-dia, quando a irradiação é mais forte. O empreendimento de Guaimbê é para gerar 180 megawatts-pico de capacidade instalada. A concessionária fechou o acordo de investimento em 25 de setembro deste ano. O investimento deve chegar aos R$ 650 milhões tendo por base todos os custos envolvidos na implementação e entrada comercial do Complexo Solar. Conforme a assessoria de imprensa da concessionária, a empresa vai investir até R$ 470 milhões em debêntures a serem emitidas no segundo semestre deste ano a março de 2018. A debênture é um valor mobiliário emitido por sociedades por ações, representativo de dívida, que assegura a seus detentores o direito de crédito contra a companhia emissora. O montante será utilizado para financiar a construção da usina solar fotovoltaica. A companhia já informou os acionistas da Bolsa de Valores que assinou o contrato com a Cobra Brasil Serviços, Comunicações e Energia S.A. O Complexo Solar foi outorgado no 8º Leilão de Energia de Reserva (Ler) e tem energia contratada por 20 anos, a preço de R$ 291,75 MWh. “É um bom preço para uma geração de energia renovável e bem competitivo”, declarou o diretor. Os painéis e revertores são importados de uma empresa chinesa especializada no ramo que tem filial no Brasil.

13 nov 2017


Por Jornal da Cidade