FEB integra projeto de milhões para gerar energia fotovoltaica na Unesp
Para 2023, a Universidade Estadual Paulista (Unesp) prevê investir cerca de R$ 200 milhões em energia fotovoltaica e, assim, atingir ao longo dos próximos anos uma economia de até 60% com a conta de luz, hoje estimada em R$ 45 milhões anuais. Para tanto, a Reitoria tem o auxílio técnico da Faculdade de Engenharia de Bauru (FEB) a fim de traçar o projeto de sustentabilidade. A universidade, contudo, corre contra o tempo para solicitar o acesso à geração fotovoltaica ao governo antes de 7 de janeiro do ano que vem, quando entram em vigor novas taxações.
Diretor da FEB, o professor de Engenharia José Alfredo Covolan, auxiliar técnico do projeto, explica que as placas de energia solar não serão instaladas em todas as 24 unidades da Unesp no Estado. "Os equipamentos estarão em câmpus específicos, gerando excedente naquele local e devolvendo essa produção a mais para a rede".
Na área de concessão da CPFL, as placas fotovoltaicas serão montadas em Botucatu e Jaboticabal.
A longo prazo, o projeto prevê investir também em trocas de equipamentos e lâmpadas para otimizar a eficiência energética de toda universidade.
NOVAS REGRAS
Sancionado no início de 2022, o Marco Legal da Geração Distribuída de Energia regulamenta as modalidades de distribuição e cria novas taxações, fazendo com que os créditos gerados pelos sistemas deixem de ser abatidos sobre parte da conta de energia.
Em grandes instalações, como prevê a universidade, isso atrasaria a amortização do investimento no projeto. "Nossa expectativa é compensar esses R$ 200 milhões em oito anos e, depois, teríamos de 20 a 25 anos de geração de energia limpa. Mas, se entrar na nova regra, atrasaria bastante", explica José Alfredo Covolan.
O projeto ainda seria votado pelas instâncias colegiadas da Unesp. No entanto, segundo o diretor da FEB, não deve encontrar resistência.