Tesla vai montar rede de energia solar com 50 mil casas na Austrália


Agora, a Tesla quer montar uma central virtual de geração e fornecimento de energia instalando painéis solares e baterias em nada menos que 50 mil casas no estado da Austrália do Sul, tudo com apoio do governo local.

O objetivo principal é amenizar ao máximo o problema dos apagões que não são raros na região. Em setembro de 2016, uma tempestade danificou parte da infraestrutura local. Os efeitos disso são sentidos até hoje. Para piorar a situação, o consumo de energia aumenta consideravelmente no verão por conta do uso exacerbado de aparelhos de ar condicionado, climatizadores e afins.

As casas participantes da rede receberão energia graças aos painéis e, nos momentos críticos, usarão a carga armazenada nas baterias. O excedente será fornecido ao sistema para aproveitamento por outras casas ou empresas. A venda de energia oriunda da rede ajudará a financiar parte do projeto. Outra parte vem do governo local, que assumirá custos de instalação, por exemplo.

Os donos das casas participantes não terão que pagar nada pelos equipamentos, mas não se tornarão proprietários deles. É uma troca de favores, digamos assim: a residência cede espaço físico e energia excedente; por sua vez, a casa não fica sem energia em momentos críticos e, de quebra, o consumidor gasta menos com o consumo da rede tradicional — detalhe importante, afinal, a energia elétrica é muito cara na Austrália.

 

Para tanto, a Tesla fornecerá painéis fotovoltaicos de 5 kW (quilowatt) e baterias Powerwall 2 de 13,5 kWh (quilowatt-hora). Não está claro se casas que já possuem algum sistema de energia solar poderão participar do projeto. De todo modo, uma residência só fará parte da rede se atender a determinados critérios técnicos. A decisão ficará a cargo da Tesla.

Na primeira fase, 1,1 mil casas de um programa de habitação serão contempladas. Depois do período de testes e ajustes, esse número aumentará para 24 mil e incluirá domicílios particulares. A meta é fazer 50 mil lares serem atendidos até 2022.

Se o plano for seguido à risca, a central virtual alcançará a capacidade de 250 MW (megawatt) / 650 MWh (megawatt-hora) na fase final do projeto.

Com informações: The Next WebPhys.org.

 

05 fev 2018


Por Emerson Alecrim