Petrolina, em Pernambuco, recebe R$ 150 milhões para centro de pequisa em energia solar


Até o fim do ano, Petrolina ganhará um centro de pesquisas na área de energia solar e uma usina fotovoltaica com capacidade de gerar 3 mil megawatts (MW). Com um custo total de R$ 150 milhões, a primeira etapa do projeto - orçada em R$ 54,3 milhões - foi lançada em 21/06/2017 pela Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf).  A iniciativa tem como objetivo aprofundar os estudos sobre o funcionamento desses tipos de usinas, que são comuns no Nordeste.

“Estamos colocando em prática um projeto que já tinha sido pensado há quatro anos. Nós já tínhamos apresentado à Aneel um projeto de pesquisa para implantar essa usina, mas em função de dificuldades no caixa não foi possível”, explicou Sinval Gama, presidente da Chesf. Devido ao desenvolvimento de novas tecnologias ao longo dos últimos anos, a usina será dividida em dois módulos: um com capacidade de 2,5 MW, que funcionará por meio de sistemas tradicionais  e deve ser inaugurado ainda no segundo semestre; e outro que deve gerar 0,5 MW, com uso de tecnologias mais recentes, com previsão de inauguração para o primeiro semestre de 2017.

Conforme salientou Sinval, a geração de energia não tem como objetivo a distribuição e venda para o mercado. “Queremos estudar o desempenho dessas usinas. Esperamos que seja um local onde possamos ter acompanhamento dessa tecnologia. Teremos laboratórios onde haverá os dados, as pesquisas, o desempenho e a avaliação bem detalhadas (do funcionamento da usina)”.

A análise será possível graças ao Centro de Referência em Energia Solar, que funcionará  ao lado da usina, por meio de três estruturas de pesquisa: a primeira, cuja ordem de serviço será assinada hoje, deve entrar em operação até o fim do ano. Tanto o centro quanto a usina estão orçados em R$ 54,3 milhões, recursos federais obtidos por meio do projeto da Chesf junto à Aneel. A segunda estrutura será dotada de tecnologia heliotérmica (que armazena a energia elétrica em forma de calor) de calha parabólica; já a terceira terá, além da tecnologia heliotérmica, uma torre central. Elas devem ser inauguradas nos próximos anos.

A Chesf vai chamar as universidades interessadas em formar o corpo técnico responsável pelas pesquisas, a exemplo da Universidade Federal de Pernambuco e da Vale do São Francisco. Os recursos para a conclusão do projeto, segundo Sinval, estão garantidos. Dos cerca de R$ 100 milhões, metade também será liberada por meio do convênio da Chesf com a Aneel, enquanto a outra metade está garantida em uma parceria do governo de Pernambuco e com o Centro de Pesquisa da Eletrobras.

27 jun 2017


Por Diário de Pernambuco