Energias renováveis geram 10,3 milhões de empregos
De acordo com a quinta edição do relatório Renewable Energy and Jobs - Annual Review, lançado ontem em Abu Dhabi, o número total de pessoas empregadas no sector (incluindo grandes hidroeléctricas) é actualmente de 10,3 milhões, superando a marca dos 10 milhões pela primeira vez.
China, Brasil, Estados Unidos, Índia, Alemanha e Japão continuam a ser os maiores empregadores do mercado de energia renovável no mundo, representando mais de 70 por cento de todos os empregos no sector globalmente. Embora um número crescente de países esteja a colher os benefícios sociais e económicos das energias renováveis, a maior parte da produção ocorre em poucos países e os mercados domésticos variam em tamanho.
“A energia renovável tornou-se um pilar do crescimento económico de baixo carbono para governos em todo o mundo, um facto reflectido pelo crescente número de empregos criados no sector”, declarou Adnan Z. Amin, director-geral da Agência Internacional de Energia Renovável.
“Os dados também ressaltam um quadro cada vez mais regionalizado, destacando que os benefícios económicos, sociais e ambientais das energias renováveis são mais evidentes nos países onde existem políticas atraentes para o sector”, continuou Adnan Amin. “Fundamentalmente, esses dados apoiam a nossa análise de que a descarbonização do sistema energético global pode fazer a economia global crescer e criar, até 2050, até 28 milhões de empregos no sector”.
O segmento de energia solar fotovoltaica continua a ser o maior empregador de todas as tecnologias de energia renovável, respondendo por cerca de 3,4 milhões de empregos, quase 9 por cento a partir de 2016, após um recorde de 94 gigawatts de instalações em 2017. Estima-se que a China responda por dois terços dos empregos fotovoltaicos - equivalente a 2,2 milhões - o que representa uma expansão de 13 por cento em relação ao ano anterior.
Apesar de uma ligeira queda no Japão e nos Estados Unidos, os dois países surgem a seguir à China como os maiores mercados de empregos em energia solar fotovoltaica no mundo. Índia e Bangladesh completam a lista dos cinco principais empregadores globais neste segmento, que juntos respondem por cerca de 90 por cento dos empregos em energia solar fotovoltaica em todo o mundo. A indústria eólica retraiu-se ligeiramente no ano passado para 1,15 milhão de empregos em todo o mundo. Embora os empregos deste segmento sejam encontrados num número relativamente pequeno de países, o grau de concentração é menor do que no sector fotovoltaico solar. A China responde por 44 por cento dos empregos em energia eólica em todo o mundo, seguida pela Europa e América do Norte, com 30 por cento e 10 por cento, respectivamente.
Metade dos dez principais países com a maior capacidade instalada de energia eólica do mundo pertence à Europa.
