Empresário reduz conta de luz de R$ 9 mil para R$ 130 com energia solar


Nesta segunda-feira (7), os participantes do evento de lançamento do projeto “Sistemas Fotovoltaicos” do Senai, que será realizado às 19 horas no Edifício Casa da Indústria, em Campo Grande (MS), terão a oportunidade de conhecer a história de Nivaldo Shirado. O empresário, proprietário de um comércio de hortifrúti no Conjunto Arnaldo Estevão de Figueiredo, na Capital, há 26 anos, instalou um conjunto de placas fotovoltaicas no estabelecimento comercial há sete meses e viu a conta de energia elétrica, que girava em torno dos R$ 9 mil mensais, cair para pouco mais de R$ 130,00. 

Para alcançar o feito, Nivaldo estudou a fundo o conceito de geração de energia solar, fez contas, análise de viabilidade, promoveu adequações estruturais no prédio por conta própria, conseguiu aprovação de um financiamento junto ao Banco do Brasil via FCO (Fundo Constitucional de Desenvolvimento do Centro-Oeste) e, finalmente, deu início à instalação das placas. 

“Eu consumia, em média, 7.000 kilowatts por mês. Era um gasto exorbitante que me incomodava profundamente, chegava a R$ 9 mil. Então, de início, fiz algumas adaptações nos refrigeradores, como portas de vidro temperado nos que eram abertos, troca de borrachas nos que eram fechados. Só aí eu já consegui uma economia de 25% a 30% no consumo mensal”, relatou o empresário. 

Depois, Nivaldo correu atrás e conseguiu aprovar um financiamento de R$ 194 mil junto ao Banco do Brasil, via FCO, a ser pago em cinco anos, com um ano de carência. “Eu gastei um pouco mais que isso, pois fiz algumas adaptações estruturais no prédio para que a incidência do sol fosse otimizada. Todo o sistema, incluindo placas e equipamentos de conversão de energia, ficou pronto em janeiro deste ano. Minha conta de energia elétrica referente ao mês de julho veio no valor de R$ 130,00 e minha intenção é instalar mais placas, para zerar de vez e aproveitar o excedente na minha residência”, explicou. 

Bola da vez 

Para o empresário, energia solar é a “bola da vez”. Um investimento relativamente alto, mas seguro e com retorno certeiro, ainda mais com a linha de financiamento que o Banco do Brasil passou a oferecer. “Eu sou um exímio defensor da energia fotovoltaica, os empresários precisam conhecer a alternativa e analisar a viabilidade. O dinheiro gasto com energia elétrica não tem retorno, é como pagar aluguel. Por isso as alternativas de economia devem ser consideradas”, aconselhou. 

Com o projeto “Sistemas Fotovoltaicos”, que integra o PSGE (Programa Senai de Gestão Energética), indústrias, estabelecimentos comerciais, propriedades rurais e residências sul-mato-grossenses passarão a contar com a expertise do Senai para implantar sistemas de geração de energia solar com foco na redução de custos, economia de energia e eliminação do desperdício. 

“Muitas indústrias têm investido ou demonstrado interesse de investir nesse ramo com foco na competitividade. O conceito do projeto se baseia na redução de custos e na eliminação do desperdício, além do marketing ambiental e do fato de tornar as indústrias mais estáveis”, explicou o gerente do Senai Empresa, Rodolpho Mangialardo, completando que a consultoria que viabiliza o projeto consiste na análise de viabilidade para a indústria, comércio, propriedade rural e residencial no acompanhamento da implantação de placas de geração de energia fotovoltaica. 

Esse trabalho conta com a parceria do Sebrae, por meio do SebraeTec, e do Banco do Brasil, por meio do FCO. Dependendo do consumo da empresa, a planta fotovoltaica pode suprir parcial ou totalmente a demanda, chegando próximo a zerar a conta de energia elétrica, sendo que a energia excedente pode ser utilizada como crédito para faturas futuras. 

Segundo o presidente da Fiems, Sérgio Longen, os industriais do Estado agora têm uma oportunidade plena e real de gerar a própria energia com um retorno de investimento muito curto. “O Banco do Brasil pode financiar parte desse projeto via FCO. Ou seja, ao invés de pagar a conta de energia, o nosso associado vai pagar a parcela para o banco e, em 7 anos em média, o empréstimo estará quitado e o empresário passará a receber mais esse recurso. Então é um bom negócio montar a própria usina fotovoltaica”, garantiu. 

07 ago 2017


Por Acritica