Cientistas japoneses criam células fotovoltaicas na forma de etiquetas para roupas


A ideia não é de todo descabida e especialistas japoneses conseguiram fabricar células fotovoltaicas com apenas 3 mícrones de espessura.

Um grupo de investigadores japoneses no Instituto Riken em conjunto com a Universidade de Tóquio, conseguiu desenvolver uma célula solar que pode ‘ficar’ no tecido como se fosse um etiqueta. Este novo material permite que, tal como o tecido, possa ser colocada nas peças de roupa recorrendo a uma resina similar ao método usado na serigrafia ou na impressão de transferência de calor.

Este material tem muitas vantagens, entre elas a sua qualidade e flexibilidade. As etiquetas de células fotovoltaicas podem ser dobradas e esticadas sem causar sérios danos à sua estrutura e continuar com as normais funções.

Segundo a investigação do grupo criador dessas células, a sua maleabilidade, peso e resistência a altas temperaturas (podendo atingir até 100 graus Celsius), sem degradação, torna este material ideal para a colocação no vestuário, desta forma poderia fornecer energia para pequenas ferramentas de tecnologia que usamos no dia-a-dia, como o smartphone, o tablet, portátil ou smartwatch.

O nascimento deste componente ultrafino vem no seguimento do aparecimento destas células fotovoltaicas que a equipa já havia apresentado ao público há alguns meses, o que permitiu agora colocar num produto acabado que pode ser adaptado no tecido e submetido ao tratamento normal de uma peça de roupa, pode mesmo ir à máquina de lavar.

Estas células têm uma espessura aproximada de 3 mícrones, o que reduz consideravelmente o peso e volume. O material é revestido em ambos os lados por filmes à prova de água.

O único problema para já encontrado tem a ver com a sua rápida degradação. Este será o próximo passo da equipa, melhorar a resistência e durabilidade dos materiais para que seja uma hipótese de termos roupa que produz energia a partir da luz do sol.

18 mai 2018


Por Vítor Martins