Região entra na era da usina solar


A região de Bauru, igual às regiões central e norte do Estado de São Paulo, tem excelente potencial para geração de energia elétrica a partir do Sol devido ao elevado índice de irradiação solar - média anual na faixa de 5.000 a 5.500 Wh/m2 por dia. O professor-doutor do curso de engenharia elétrica da Faculdade de Engenharia de Bauru (Unesp) Alceu Ferreira Alves explica que isso coloca o Estado de São Paulo em situação privilegiada dentro do Brasil e do mundo. A concessionária AES Tietê está diversificando a sua matriz energética e aposta em energia renovável para aumentar a capacidade de geração de energia elétrica. A concessionária fechou um acordo de investimento na instalação do Complexo Solar de Guaimbê (125 quilômetros de Bauru) da ordem de R$ 650 milhões. Com potência de 180 megawatts-pico (MWp). A previsão é entrar em operação até maio do ano que vem. A concessionária controla 12 hidrelétricas no Estado de São Paulo. O diretor de engenharia, construção e serviços da AES Tietê, Rodrigo D’ Elia, declarou ao JC que a escolha de Guaimbê é por estar em AURÉLIO ALONSO região de boa radiação solar. A usina terá capacidade para abastecer o equivalente a 85 mil residências por dia. Em visita recente ao Centro de Operações de Geração de Energia (Coge) de Bauru, o presidente da AES Brasil, Julian Nebreda, afirmou que o Estado de São Paulo tem potencial para se tornar o maior centro de energia solar do País. A meta, até 2020, é dobrar o tamanho da AES Tietê por meio do investimento em energias renováveis: eólicas e solar. A empresa também tem outro projeto de 90 megawatts em Ouroeste. As autorizações para implementação do complexo solar de Guaimbê foram outorgadas no 6º Leilão de Energia de Reserva, realizado em 31 de outubro de 2014. Rodrigo D’ Elia explica que a energia contratada por 20 anos ao preço médio de R$ 218,85/MWh (data-base outubro de 2014 indexado pela inflação) é considerado um bom valor de uma geração de energia renovável. O pesquisador Alceu Alves afirma que a energia hidrelétrica ainda tem custo muito baixo se comparado a todas as outras fontes de energia atualmente utilizadas no Brasil, exceto a energia nuclear, que tem um custo similar à hidrelétrica. “A energia solar apresenta valo- Guaimbê Empreendimento total deve custar cerca de R$ 650 milhões, segundo concessionária res na faixa de R$ 200 a R$ 300 por MWh, enquanto a hidrelétrica dos grandes empreendimentos situa-se na faixa dos R$ 150 por MWh. Há uma tendência forte de queda em função do aumento da disponibilidade de fonte solar, prevendo-se valores competitivos em menos de 10 anos”, explicou. Leia mais nas páginas 18 e 19.

13 nov 2017


Por Jornal da Cidade