Novo superintendente do Banco do Nordeste acredita em 2017 com financiamentos para energia solar


O novo superintendente do Banco do Nordeste (BNB) no Rio Grande do Norte,  Fabrizzio Feitosa, estima que 2017 será um ano de “desafios”. E, pelas estimativas que faz, também de crescimento para o crédito. Aos 35 anos – 16 deles ocupando  cargos de analista e gerência no banco – ele assumiu a frente da instituição no RN este mês. “Temos um desafio de alcançar em recursos do FNE, que é Fundo Constitucional administrado pelo Banco do Nordeste, R$ 975 milhões no Rio Grande do Norte. É um desafio inédito para o Estado”, diz. O banco, segundo ele, também espera quase quadruplicar o montante de financiamentos para energia solar e facilitar o acesso do setor agropecuário ao crédito. “A tônica este ano é dar melhores condições para o setor”, afirma. Esses e outros pontos são abordados nesta entrevista, concedida à TRIBUNA DO NORTE.

O novo superintendente do Banco do Nordeste no RN, Fabrizzio Feitosa, faz um balanço do crédito em 2016 e mostra qual será a tônica neste ano.
 

Quanto foi dado em financiamento para energia solar em 2016 e o que há previsto para este ano?
O Banco do Nordeste tem uma linha exclusiva para o setor de energia solar fotovoltaica que é o FNE Sol, uma linha de crédito inovadora para que o cliente possa adquirir soluções alternativas de energia. E esta modalidade tem uma característica interessante que é a da concessão do crédito não elevar o endividamento, uma vez que quem faz um investimento em um sistema de energia solar fotovoltaica, com equipamentos que tem vida útil de 25 anos, acaba economizando na conta de energia elétrica que esta cada vez mais alta. E essa economia é basicamente o que ele vai gastar para pagar a prestação do financiamento junto ao banco, com uma vantagem que essa prestação tem um prazo para acabar e ele ainda vai usufruir do economia pela vida útil do sistema. Todo o retorno que o investimento vai dar. E temos para este ano um número desafiador para atingir. O ano passado, quando foi lançado, foi dado R$ 6,5 milhões em financiamentos e em 2017 temos a meta de ampliar para R$ 25 milhões.

Baseado em que esse crescimento no crédito?
É um desafio bem ousado, mas que acreditamos que vamos atingir até pela permanência do cenário atual que faz com que os empresários estejam olhando mais para dentro das empresas e buscando alternativas para reduzir custos, posto que energia elétrica é um dos insumos mais caros no processo produtivo. E pela expansão do setor.

O FNE Sol atende apenas empresas, nesse aumento do volume do crédito deve passar a atender também pessoas físicas? Financiamento para sistemas de mini e microgeração em residências?
Veja bem, o crédito de varejo não é o foco do Banco do Nordeste. Nessa atividade, nesse produto, trabalhamos com empresas que são clientes do banco.

Este setor deve ser a principal aposta ou o banco deve priorizar a atuação em outros setores?
Nós vamos trabalhar os produtos que trabalhamos em 2016, fortalecer o FNE SOL, ampliar as contratações pelo cartão BNB e o FNE Água, uma linha de crédito dentro do FNE, para dar mais sustentabilidade aos nossos empreendimentos. Muito oportuna em meio a estiagem, para soluções e  alternativas à estiagem, para agricultura e pecuária, com um objetivo de R$ 250 milhões.  E esse ano nós trazemos mais inovação de serviços. À exemplo do cartão BNB voltado para os setores do comércio e serviços, estamos  lançando esse ano o cartão Agro, para o setor da agricultura.

Como vai funcionar?
Nós estamos nos antecipando pois sabemos da  relevância do setor e realização de feiras, como as capifreiras que acontecem a partir de abril até outubro, para que possamos  com a contratação do cartão Agro, dar condições para o produtor adquirir por ocasião dessas exposições adquirir, de forma mais rápida, com menos burocracia, os animais em feiras. Essa vai ser a tônica este ano, dar melhores condições de crédito para o setor da agropecuária. A grande vantagem é que pode usar o cartão para as compras, porque já há pré-avaliação e aprovação de crédito. Na sistemática anterior, ele teria que ver o animal, identificar a empresa e ir a uma agência bancária para dar início ao processo de análise de crédito, cadastro, aprovação de limite, tramitação da proposta de crédito, contratação do cartão. O que leva bastante tempo. A proposta é antecipar todas essas etapas e ele já ter o cartão para efetuar a compra. As taxas são as mesmas, ele ganha no tempo.

Quem
Fabrizzio Leite Feitosa tem 35 anos e é superintendente do Banco do Nordeste no Rio Grande do Norte.

Formação
É bacharel em Direito, tem especialização em Gestão Bancária pela Faculdade de São Luiz, em Aracaju e MBA em Gestão Financeira, Controladoria e Auditoria pela Fundação Getúlio Vargas.

Por onde passou
É funcionário de carreira do Banco do Nordeste há 16 anos, atuou como analista de projetos e gerente de negócios em Sergipe, gerente de agência em Minas Gerais e nos últimos três anos exercia a gerência da agência Aracaju-Centro (SE). Assumiu a superintendência do BNB no RN dia 1º de fevereiro.

Para a entrevista completa, acesse a Tribuna do Norte.

21 fev 2017


Por Tribuna do Norte