Em 1 ano geração de energia elétrica por consumidores cresce 400%


O número de microgeradores de setembro desse ano é 5.525, representando um crescimento de 400% comparado aos dados (retirado da  Agência Nacional de Energia Elétrica-Aneel) do mesmo mês ano passado: 1.155. Em 2014, apenas 293 geravam a sua própria energia.

Segundo previsões da Aneel, esse mercado deve continuar crescendo, chegando, em 2024, a 1,2 milhões unidades gerando sua própria energia.

O sistema mini e microgeração permite que o indivíduo gere sua própria energia. Nesse sistema, há a possibilidade de injetar o excedente da produção na rede elétrica, o qual pode ser retirado depois caso surgur a necessidade. O consumidor terá 60 meses para gastar a energia excedente, tanto em seu imóvel como em outros, desde de que essa esteja em seu nome. 

O aumento significativo de microgeradores despertou preoucpação entre as concessionárias que reclamam que as pessoas usam suas redes elétricas sem pagar por isso.  Nelson Leite, presidente da Associação Brasileira de Distribuidoras de Energia Elétrica (Abradee), diz que, "o impacto hoje é pouco significativo mas, se esse tipo de geração continuar a crescer, a receita dessas empresas pode ser prejudicada."

O presidente também comentou que as concessionárias esperem que a Aneel regulamenta o decreto 8.828, que permite a cobrança da chamada tarifa binômia para os consumidores de baixa tensão, tarifa que separa o "custo-fio" (custo da eletricidade pelo custo da rede de distribuição).

Porém Aneel informa que ainda não há previsão para a regulamentação dessa tarifa e que qualquer mudança será feito em 5 anos e que aqueles que já tiverem o sistema de microgeração instalada não poderão ser taxados. 

A microgeração é a mais popular entre os consumidores, constando 5.437 conexões do total de 5.525. O resto é dividido entre eólica, biogás, hidráulica e biomassa. Segundo a Aneel, 78% desses sistemas são residenciais e constituiem um total de 51.821 quilowatts (kW).



21 nov 2016