BNDES vai financiar pessoas físicas na aquisição de equipamentos de energia solar


RIO - O BNDES vai permitir que pessoas físicas tenham acesso a financiaimentos para a instalação de sistemas de aquecimento solar e sistemas de cogeração (placas fotovoltaicas, aerogeradores, geradores a biogás e equipamentos necessários). O financiamento e dará no âmbito do Fundo Clima, destinado a projetos de mobilidade urbana, cidades sustentáveis, resíduos sólidos, energias renováveis, além de máquinas e equipamentos eficientes. O objetivo do fundo é financiar produções e aquisições com altos índices de eficiência energética ou que contribuam para redução de emissão de gases de efeito estufa.

Os recursos poderão ser contratados em operações indiretas somente por meio de bancos públicos. Os limites do Fundo Clima alcançam 80% dos itens financiáveis, podendo chegar a R$ 30 milhões a cada 12 meses por beneficiário. Tanto para pessoas físicas quanto para pessoas jurídicas (empresas, prefeituras, governos estaduais e produtores rurais), o custo financeiro do Fundo Clima é reduzido: para renda anual até R$ 90 milhões, o custo é de 0,1% ao ano, e a remuneração do BNDES é de 0,9% ao ano. Para renda anual acima de R$ 90 milhões, o custo é de 0,1% ao ano, e a remuneração do BNDES é de 1,4% ao ano.

A remuneração dos agentes financeiros, que são intermediários no financiamento e arcam com o risco, é limitada até 3% ao ano. Uma vez aplicada a remuneração máxima definida pelos bancos públicos, as taxas finais passam a ser as seguintes: para renda anual até R$ 90 milhões, o custo final é de 4,03% ao ano; para renda anual acima de R$ 90 milhões, o custo final é de 4,55% ao ano. O programa permite carência de três a 24 meses, com prazo máximo de 144 meses. Os interessados em investir na instalação dos sistemas de cogeração ou aquecimento solar podem aderir à iniciativa até 28 de dezembro de 2018.

A implantação de sistemas de geração de energia solar permitirá aos consumidores reduzirem gastos com a conta de luz, já que passarão a comprar menos energia da concessionária e poderão, dependendo de sua região, fazer até uma conta corrente de energia vendendo o excedente para a distribuidora. Além disso, a geração distribuída traz um benefício para o sistema elétrico, já que conta com vários pontos de geração espalhados por residências e comércio, reduzindo o risco de interrupção do fornecimento de energia

Entre os itens que podem ser financiados estão máquinas e equipamentos cadastrados no Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE) ou com o selo Procel (apenas os de classificação A ou B), sistemas geradores fotovoltaicos, inversores ou conversores de frequência e coletores/aquecedores solares.

06 jun 2018


Por O Globo